O Agibank é um neobank com sede em Campinas, no estado de São Paulo, um dos maiores centros de inovação do país. Democratizar o acesso aos serviços financeiros é o pilar central de atuação da companhia que nasceu com o propósito de gerar inclusão financeira e digital para todos, especialmente para a população de baixa renda. Como a maioria dos clientes nesse perfil precisa de apoio e aconselhamento oferecido presencialmente para a transição do ambiente físico para o digital, a instituição criou uma plataforma híbrida, que combina banco digital completo com uma rede de aproximadamente 1.000 smart hubs - lojas físicas projetadas para atender o público não-nativo digital - que estão espalhadas por todo o Brasil.
“Nosso objetivo é ampliar e simplificar cada vez mais o acesso de produtos e serviços financeiros para milhões de brasileiros. Temos o propósito de fazer o dia a dia das pessoas melhor por meio de crédito, seguros e outros serviços bancários”, afirma Marcos Lanzarini, especialista em banco de dados do Agibank. “A tecnologia desempenha um papel fundamental para garantir que possamos lidar com um grande volume de transações todos os dias, mantendo os dados seguros e os sistemas resilientes”, reforça o executivo.
Atualmente, a instituição tem 2,7 milhões de clientes ativos, administra ativos de cerca de R$ 17 bilhões de reais e atende mais de 10 mil solicitações de empréstimos todos os dias.
O Agibank está em uma impressionante trajetória de crescimento, com o objetivo de expandir sua rede para mais de duas mil agências até 2027. Para atingir esse objetivo, a instituição precisa de tecnologia robusta e escalável que sustente operações diárias e críticas.
Quando um cliente realiza uma transação financeira, solicita um empréstimo ou cartão de crédito ou contrata um seguro, o banco precisa confirmar sua identidade. Isso é feito pelo sistema de gerenciamento de conteúdo empresarial (ECM), que armazena registros de clientes, como documentos fiscais e de identificação, fotos e dados biométricos.
Anteriormente, o sistema ECM era executado em um banco de dados relacional PostgreSQL e, à medida que a demanda e os volumes de dados cresciam, ele começou a enfrentar problemas de desempenho. Era inflexível, com diferentes esquemas, exigindo bancos de dados distintos e sofria com alta latência na execução de tarefas. O banco de dados não suportava índices secundários ou pesquisa de texto, impactando as vendas de ofertas, como créditos e empréstimos, seguros e aprovações de cartão de crédito.
“Estávamos constantemente atualizando o banco de dados e realizando redimensionamentos manualmente, o que era demorado e sujeito a erros”, explica Lanzarini. “Precisávamos de um sistema resiliente para lidar com a procura crescente e de mais flexibilidade para apoiar novos serviços no futuro.”
Dado o impacto crítico na experiência do cliente e, consequentemente, na reputação do banco, o Agibank iniciou a busca por uma nova plataforma de banco de dados para otimizar seu ambiente multicloud híbrido, incorporando tanto Amazon Web Services (AWS) quanto Microsoft Azure.
Em 2022, o Agibank implementou o MongoDB Atlas na AWS e migrou seu sistema ECM. Agora, quando um cliente precisa verificar sua identidade, uma solicitação chega ao banco de dados MongoDB para ser autenticada e validada. Os documentos podem ser criados, lidos, atualizados e excluídos facilmente por meio da integração de API, ao mesmo tempo em que são aprimorados com metadados comerciais e técnicos. Eles são armazenados de acordo com as políticas de gerenciamento de documentos e cada transação é meticulosamente registrada no sistema para garantir uma trilha de auditoria transparente.
Sem experiência anterior com bancos de dados não relacionais, os desenvolvedores e administradores de banco de dados da Agibank trabalharam em estreita colaboração com a MongoDB para projetar e implementar a solução alinhada às melhores práticas. "Pela Universidade MongoDB e por meio de treinamentos públicos, aprendemos as habilidades necessárias para gerenciar a plataforma internamente”, afirma Lanzarini.
Para simplificar o gerenciamento de dados, a equipe do ECM reduziu o número de tabelas e coleções em 80%, o que é significativamente mais eficiente e aumentou o desempenho de algumas solicitações no ECM, como confirmação de transações e biometria facial. Estratégias de alta disponibilidade e recuperação de desastres foram implementadas para atender às metas do objetivo de tempo de recuperação (RTO) e do objetivo de ponto de recuperação (RPO), alcançando um RPO de apenas um minuto para sistemas críticos.
Marcos Lanzarini, especialista em banco de dados, Agibank
“As atualizações do sistema agora acontecem perfeitamente em segundo plano, sem interromper a aplicação, deixando os administradores de banco de dados com mais tempo para se concentrarem em atividades estratégicas”, comenta Lanzarini.
O Agibank utilizou recursos de auditoria do MongoDB Atlas para implementar ferramentas de gerenciamento de informações e eventos de segurança (SIEM) para melhorar o monitoramento dos serviços. O protocolo de criptografia Secure Sockets Layer (SSL) foi implementado para proteger os dados dos clientes contra ataques cibernéticos.
Além disso, o MongoDB Atlas foi deliberadamente projetado para se integrar ao sistema de monitoramento Prometheus existente no Agibank, fornecendo a equipe de administração de banco de dados um painel unificado para identificar e resolver possíveis problemas antes de interrupções - complementando a estratégia de observabilidade no Atlas que inclui o Performance Advisor e Query Profiler. "Com o Performance Advisor, identificamos e eliminamos gargalos, enquanto o Query Profiler otimizou as consultas para fornecer uma melhor experiência ao usuário. A indexação eficiente e os insights proativos proporcionaram economia de custos e o ajuste meticuloso da configuração simplificou a eficiência", afirma Lanzarini. “Resolver os problemas rapidamente significa que podemos prevenir proativamente interrupções de serviço que possam afetar a experiência do cliente e prejudicar a nossa reputação”, acrescenta Lanzarini.
Com o MongoDB Atlas, o Agibank agora tem uma plataforma de banco de dados de alto desempenho, escalável e resiliente que sustenta seu sistema ECM. Isso garante que as verificações e aprovações de identidade do cliente sejam rápidas, contínuas e seguras.
A arquitetura foi refinada para máxima disponibilidade e prevenção de tempo de inatividade, resultando em zero interrupções desde a migração. O armazenamento de backup evoluiu de um único local para várias regiões para maior resiliência. Além disso, a equipe emprega análises preditivas para antecipar picos de demanda, dimensionando proativamente a infraestrutura para evitar gargalos.
“Tivemos resultados espetaculares com o MongoDB. Para essa solução especificamente, foi 4,8 vezes mais rápido que em PostgreSQL e 90% mais econômico. É muito mais eficiente de operar e economizamos oito horas de gerenciamento por mês. O escalonamento sob demanda é particularmente útil para lidar com o crescente volume de solicitações”, reforça Lanzarini.
O design sem esquema do MongoDB Atlas também é mais flexível e permite ao banco armazenar dados mais complexos e variados. Essa flexibilidade, juntamente com a eficiência de custos, alto desempenho e escalabilidade, significa que a grande maioria dos novos desenvolvimentos são construídos no MongoDB Atlas — e agora que os desenvolvedores do Agibank têm experiência no uso de um banco de dados não relacional, eles reduziram significativamente o tempo de lançamento no mercado.
Marcos Lanzarini, especialista em banco de dados, Agibank